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Mostrando postagens de outubro, 2008
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Rua Castro e Silva. Desde longe, a pontuda torre da catedral domina o paisagem. O sol, ainda desorientado, buscando força na admiração dos distraídos que perdem alguns minutos de suas vidas admirando seus singulares espetáculos, vai acordando sem pressa. Nessa hora, são omitidas todas as cores frias e resta, apenas, atrevidas formas. Avanço mais alguns metros e me sinto cada vez menor. Diante de tanta luz, o mistério das coisas. As nuvens, vedetes do céu, desfilam pelas janelas, exibindo seus corpos iluminados pela matutina audácia do sol. A cruz no alto da torre parece alcançar o amarelo do infinito a cada passo dado em direção aos restos do passado que ainda vivem pelas ruas de minha cidade.
Leia Luis Fernando Verissímo. Isso não foi uma ordem, é uma sugestão para aqueles que não sabem o que ler, ou, que estão cansados de ler grandes livros, por não entender uns capítulos devido suas frases difícies. Prometo, como é...não sei, você vai rir, provavelmente. "Um dos mistérios da vida è: de onde vê as anedotas? O enigma da criação da anedota se compara ao enigma da criação da matéria. Em todas as teorias conhecidas sobre a evolução do universo sempre se chega a um ponto em que a única explicação possível é a da geração espontânea. Do nada surge alguma coisa. As anedotas também nasceriam assim, já prontas, aparentemente autogeradas. Você não conhece ninguém que tenha inventado uma anedota. Ou, pelo menos, um boa anedota." Comédias para se ler na escola, L.F.Verissímo, página 107. Objetiva-2001. Apresentação e seleção de Ana Maria Machado.
Livrarias. Loja de livros. Loja com livros. Loja cheia de livros. Loja com muitos livros. Loja cheia de gente distraída. Um mundo cheio de mundos guardados por capas e separados por estantes. . . Não tinha pressa. E justamente por não tê-la fiquei sem rumo. Ia de um lado para o outro, olhando os títulos dos livros sem abri-los. Passava devagar olhando, um me chamava a atenção, parava, o pegava e ficava a passar suas páginas sem compromisso. Lia algumas palavras, observada uma imagem, guardava o título na memória e dizia, daqui a pouco eu volto e olho o preço. Não voltava. O esquecia completamente. Já estava perdida entre tantos outros. As capas só faltavam gritar. Mas não, elas continuaram caladas, inertes nas estantes fazendo o seu trabalho, que era o de evitar a fuga das palavras e o desconcerto do mundo feito por algum atrevido escritor. Tinha que escolher quais livros levar. Não podia levar todos, e ainda bem. Então, qual seria a graça de ter muitos livros em casa e não ter a vonta
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"Três filhotes raros de leão branco nasceram perto do parque nacional Kruger, na África do Sul. Os nascimentos de leões brancos na natureza diminuíram consideravelmente nos últimos 16 anos, e teme-se que a espécie seja extinta. O leão branco é uma mutação rara de cor do leão sul-africano e é encontrado em Timbavati, na África do Sul. De acordo com o folclore africano, leões brancos mágicos nascem a cada cem anos para dar alegria àqueles que os vêem." "Keow Wan, um papagaio de quatro meses, senta-se sobre o cão Yim (que significa 'sorriso' em tailandês), durante ato pela paz na Praça Real de Bangcoc, capital da Tailândia, nesta quarta-feira (22). Os donos dos animais vestiram-nos com a intenção de trazer alegria e felicidade para todos que vissem o par." "A mais velha gorila do mundo, que vive no Zoológico de Dallas (Estados Unidos), celebrou seus 55 anos de vida comendo um bolo de frutas congeladas de quatro camadas e outras guloseimas embrulhadas em fo
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Centésima segunda postagem. Muitas, para um blog que, ao ser criado, almejava conseguir completar, pelo menos, um mês de existência. Hoje, já são quatro meses de muitas palavras, sentimentos, cachorros e opiniões. O Torto, fazendo jus ao seu nome, não tem uma só linha de racioncínio. E o coitado, nem se quisesse e tivesse muita boa vontade, consegueria acompanhar e comportar tudo que é de coisa que eu vejo e, logo, traduzo em palavras. Muitas vezes, palavras que ficam só na cabeça, consumindo meu tempo, se maturando por um tempo, até serem esquecidas com uma simples conversa com alguém que apareceu de repente. . Então, depois de tantas cenas vistas e exploradas, venho encarar o Chapéu. Um turbilhão de idéias me aparece e me deixa louca! São tantas, que no final das contas, não é nenhuma. Fecho o chapéu e vou dormir, já que, quase sempre, venho aqui antes de ir dormir. Vendo o passado deste que tanto que me alegra, leio novamente os textos que mais foram comentados. http://chapeutorto.b
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Domingo. Nenhum compromisso marcado. Sem aula, sem ensaio. Um dia neutro, que tomaria o jeito que eu quisesse. Ou não tomaria jeito nenhum, caso eu quisesse continuar dormindo. A único lugar que eu iria, sem pestanejar, reclamar ou inventar alguma desculpa, era para a casa de meus avós. Como a casa da vó faz falta. Chegar, passar a mão na careca do meu avô, dá um beijo da minha vó, receber abreços seguidos de puxões de cabelos das minhas primas, tirar o tênis, jogar a mochila em algum quarto, ir a cozinha sentar no chão e comer alguma coisa, deitar e dormir de farda o dia inteiro. Devido minha rotina louca, dias assim não estão sendo comuns. Ao invés disso, chego no colégio, durmo na mesa da biblioteca, ou no final de alguma aula atraente ou não, passo o dia de tênis, enfrento fila pra comer, escovo os dentes com não sei quantas meninas olhando e fazendo a mesma coisa. Enfim, dias como esses serão bons quando eu não os tiver mais, e narrar, dando grandes risadas para algum amigo ou ent
"ah, isso não é plágio do chapeu não, nem irmão, nem primo, nem nada. Apenas uma tentativa de fazer surpresa de aniversário :) e foi resultado de uma tentativa fracassada de pegar a senha do chapeu :~" www.outrochapeu.blogspot.com . . Não. Eu não tomei abuso do chapéu e resolvi fazer outro blog! O outro chapéu foi um presente de aniversário. Presente não, foi um carta que, ao invés de receber pelos correios, recebi em forma em blog. Muito bem pensando! Pelo fato de eu estar saturada de papéis, uma carta teria grandes chances de ser perder entre apostilas, tds de física e gabarito de provas e, provavelmente, ir pro lixo ou ser queimada quando este ano acabar. A mente criativa que a formulou foi um alguém que pintou o cabelo de vermelho, tem dezoito anos e é grande o suficiente para alcançar os minhas costelas. E por já ter alcançado a maioridade, e eu não, pensa que pode me fazer chorar logo após de eu ter almoçado e ter vindo aqui pro torto falar sobre o almoço da minha mãe!
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Felicidade é o que uma aluna, que está cansada e entediada, sente quando a última aula do ano termina e ela fica consciente de que não será preciso acordar cedo no outro dia para não perder o ônibus. E se chegar atrasado, terá que agüentar calada as reclamações do coordenador, que ficará clandestinamente feliz. Clandestina é aquela aula que atrasa o horário do despertador do pai, quando ele está dormindo e, no outro dia, recebe a notícia de que não irá à aula devido à desatenção do pai na hora de programar o despertador. E , ainda deitada, sente uma felicidade clandestina que não pode ser compartilhada com alguém. Felicidade é o sentimento dominante quando uma aluna acerta mais da metade da prova de matemática. Clandestina é a pessoa responsável pelo gabarito dessa prova, ao perceber que divulgou o resultado errado, que, provavelmente, acabará com a felicidade da aluna que corrigiu sua prova pelo gabarito errôneo. Felicidade Clandestina é algo fora dos padrões comuns. É o que se sente
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Tem hora que as palavras ficam tímidas, sem graça. Vendo essa minha foto, percebo como minha vida é besta hoje. beijo torto!
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O cachorro pequeno diz: "-Ei tem uma menina olhando pra cá já faz um tempo. O que será que ela quer?" O cachorro grande, se levanta: "-Ei menina! O quer olhando para nós?" "-Não, nada. Só estou olhando." "-Me desculpe. Por ter essa cara de valente, quase ninguém se aproxima de mim" "-Não acho que você tenha cara de valente, lhe achei tão simpático." "-Sério?" "Sério. Vocês são amigos?" -"Somos. Apesar de seu tamanho, ele é meu grande amigo. Deixa eu te contar um segredo: ele que conversa comigo, fica ao meu lado quando alguém me olha com cara de 'como um cachorro desse fica solto' e aparece quando eu fico só." "-Mas ele é tão...tão fraquinho." "-Você está certa. A força dele pode não lhe assutar e até não lhe machucar muito. Eu também sou fraco. Não usamos força para nos abraçar. Não usamos força para nos divertimos (só de vez em quando, mas é so brincandeira. E eu sempre deixo ele g
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Não estava nos planos ficarem sozinhos. Os amigos se afastaram e eles nem perceberam. Ela, com a cabeça apoiada no ombro dele, falava coisas sem importância. Ele até respondia, mas preferia sorrir a cada conclusão que ela tirava. Ela, com a intimidade de uma amiga de infância, brincava com a mão dele, dobrando-lhe os dedos calmamente. Ele, para assustá-la, agarrava sua mão com força e ameaçava não soltar mais nunca. Ela, logo, soltava um grito de raiva que terminava com as mãos entrelaçadas, comprovando que aquelas mãos se conheciam desde muito tempo. O vento estava forte e a deixava assanhada. Os cabelos grudavam na cara e ele cuidava rapidamente de espantá-los. Ela ria. Ele resmungava, esses teus cabelos! A brincadeira das mãos começava mais uma vez. Só que agora, ele a comandava. A mão dela parecia um mapa que ele sem pressa alguma tentava se achar. Tentou, mas não achou. Ela inconscientemente entendera o que ele buscava com tanto afinco. Ela sabia onde estava. Sentados no chão, de
Na procura da verdade, do puro, do simples tira-se a roupa do teatro e acaba-se com a sua ilusão. A cortina, que acoberta os personagens em seus momentos de ansiedade, não se fechará em instante algum. Se as emoções serão mostradas aqui, que elas sejam reais. As coxias, tão úteis as pessoas desconhecidas que permitem a realização do espetáculo, não existirão. O ferro, os fios, a estrutura que deixa esse lugar de segredos em pé, cansados de viver escondidos, arrancarão os panos que cobrem as suas forças e funções. As tintas não irão transformar pessoas em personagens e sim refletir a cara de cada alma. Então que as luzes e as músicas acabem com o escuro e o silencio da espera. -Isabelle Cristhinne . . . Mais uma vez, a coisa que domina e deixa um frio na barriga ao colocar o pé em um palco toma conta de minha pessoa.
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Poderia ter escolhido outra coisa para praticar. Mas, entre tantos, escolhi, ou fizeram minha cabeça, fazer balé. Recordo-me da cara de meu pai, quando eu citei o karatê como uma possível escolha. Não que eu gostasse da luta, mas também não tinha nenhum interesse naquela dança cheia de regras. No fim da contas, ficou o balé. A curiosidade e a vontade de aprender era grande, contrastando com um entusiamo desanimado de alguém que se acha perdida e sozinha dentro de uma sala geometrica e relativamente pequena. Logo eu que nunca imaginei encostar os dedos da mão nos dedos do pé, fazendo aula de balé. Me adaptando ao local, me sentei, calada, em frente a sala de dança. Um espaço pequeno que magicamente cabia de qualquer jeito umas vinte e cinco meninas. Digo de qualquer jeito, pelo fato de bailarinas transformarem qualquer espaço em ideal para um alongamento. A primeira aula pareceu interminável. A vontade de sair correndo era enorme. Todas aquelas meninas vestidas com uma roupa que me par
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Cachorros são os melhores psicólogos que existem. Eles nos acalmam de uma forma mágica. Sem fazer pergunta alguma te faz entender muita coisa. Fico mal e sinto uma imensa vontade de chorar quando vejo alguém maltratando algum. É um golpe na minha alma. Para mim, não existe olhar mais sincero do que um olhar de um cachorro. Cachorros não são complicados, ocupados, estressados, muito menos entediados. Isso são coisas de nós humanos, que nos achamos superiores o suficiente para achar que todo ser vivo sofre as mazelas que nós inventamos. Para achar que pode fazer sofrer, maltratar aqueles que não falam como nos falamos, que não vive como nos vivemos. Os cachorros têm a capacidade de ficar parecido com aqueles que cuidam de sua vida. Porém, sua sinceridade não é afetada por isso. Por mais mal caratér que seja seu dono, se o cão gostar de uma pessoa, não tem dono no mundo que o faça mudar de opinião. E devido a essa simplicidade, acredito eu, que os cachorros saõ famosos por serem o melhor