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Mostrando postagens de setembro, 2011
Coração, perdi a paciência de esperar as coisas passaram. A saudade passar, ele passar, de você perder essa porcaria de mania de ficar se amolecendo pelos cantos. Eu tou com uma vontade imensa de matar você, de te cortar em pedacinhos e tocar fogo. Como eu faço? Tudo bem. Te dou mais uma chance para ficar bem logo. Ouviu, né? LOGO.
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Às vezes, solto uma risada tão alta que até assusta quem está próximo. Não sei prever quando isso vai acontecer. Simplesmente, acontece. Ultimamente, estou assim. Sem tensão alguma. Não tem hora para rir, nem para chorar. Dá vontade de rir, eu rio. Dá vontade de chorar, eu choro. Dá vontade de andar, eu vou andar. Mínimas coisas me dão de presente intensas alegrias. Falo de coisas mesmo. Ruas, prédios, o tempo que muda de repente, pessoas falando uma língua que não entendo, falar português na rua sem se preocupar com quem está ouvindo, andar sem pressa, aproveitar uma noite de sol. Uma noite de sol. Um batalhão de pessoas pode fazer muito bem. A presença de uma pessoa poderia fazer um bem maior ainda. Ficar comigo mesmo também tem me deixado bem. Apenas ir e continuar indo e indo e indo e indo. Não acredito que nossas vidas possuam obstáculos. Prefiro acreditar que existem caminhos que segui e não deram certo, caminhos que segui e que continuo seguindo e aqueles que seguirei para ver
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Dessa forma, vai estar sempre faltando algo. Não dá pra ter o coração de um lado e a cabeça de outro. É preciso caminhar com tudo isso bem ao lado. Assim como se cobre com um pano os móveis da poeira, dá-se um jeito de cobrir aquela parte da nossa alma que se machuca a cada perda. Cobre, guarda, protege, guarda debaixo da cama. Não, não se desfaz, não joga fora, não fere. Se as coisas um dia voltarem, tudo vai estar lá, quieto. Se não, o esquecimento fica responsável por jogar fora. Só assim, aquele peso, que a gente sente quando tenta seguir em frente, desaparece. -isabellec.
É como catar feijão. Joga-se tudo na mesa e escolhe o que é bom e o que é ruim. Assim, bem simples. A escolha é sua.

Noite clara

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Hoje, é um dos dias inesperados da minha vida. Nunca me imaginei sentada no chão de uma praça de uma pequena cidade europeia, numa sexta-feira, vendo o claro do dia se arrastar lentamente pelo tempo antes de ir embora. Já são quase oito da noite e ainda é possível ver riscos de sol pelo céu. Bem, aqui estou em St. Pöelten. Um frio calmo, nada familiar para uma cearense, vai enrolando meu corpo como um lençol gelado de uma cama ainda não mexida. Nessa noite ainda clara de fim de outono, me encontro sozinha e sem nada para fazer além do que estar aqui, escrevendo à beira de uma sorveteria italiana, de um café central e de uma arquitetura claramente barroca e religiosa. E do meu lugar, em uma das almofadas no chão da praça, assisto um desfile ao ar livre, sem regras, ordens e tamanhos. São crianças embaladas com suas roupinhas de frio, as mesas dos cafés servidas com taças de cerveja e senhoras devidamente protegidas do vento gelado. Não, ninguém está comprando nada além