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Mostrando postagens de março, 2012

desconforme

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Ela acordou toda confusa. Desligou o despertador umas cinco vezes, mas ele insis tia em badalar os sinos da cabeça de sua cabeça. Vestiu-se sem muito pensar. Aquela blusa de sempre, aquela calça que dá certo com tudo e um óculos escuro pra esconder o apagão que estava sentido. Desconforme. Quem nunca teve seus dias de desordem, não sabe o conforto de um dia ter as coisas no lugar. Lugar que não precisa ser certo, basta que seja de bom tamanho. No meio da tarde, ela sentiu fome. Os chocolates confessavam que não era fome de comida. Uma fome que ficava se revirando por dentro. Uma abstinência de ausências, era isso. Andava tão ligada aos passos dos outros, que qualquer passo pra trás a levava junto. Qualquer ausência alheia, a deixava ausente de si. Desajeitada, com a roupa de sempre e com o óculos escuro, ela saiu. Deixou de lado a ausência alheia e se fez presente. Saiu e voltou pra si. E a desordem...ah, não era dia de faxina. -isabellecristhinne

roupa íntima

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Então me pego pensando em como escrever sobre aquele sutil momento em que não é preciso um espelho pra refletir o nosso bem.Tem bem no sorriso, nos olhos, nas mãos, no andar. Em dias assim, acordamos fazendo sentido e dormimos sentindo tudo. Em dias assim, o blush é pó de alegria, marca de beijo no rosto, vergonha tímida de um elogio. Em dias assim, a moda somos nós, nossos sorrisos, nossos cabelos marcados de uma noite bem dormida. Em dias assim, somos o outro lado do espelho, somos sangue que pulsndo vida, somos a nossa roupa íntima. Nosso corpo ecumênico, recebe a fé de qualquer tendência, o gosto de qualquer perfume, o cheiro de qualquer presença. Afinal, em dias assim nada importa. No final, a palavra, o gosto, o cheiro é nosso. Nosso bem. Nós, mulheres. -isabellecristhinne 

terceira pessoa

Surpreende-me coisas que fazem por onde se transformar. Sabe quando a gente está viajando e para o carro pra esticar as pernas e beber uma água? Parar é se preparar para o novo. É esticar as pernas, tirar a preguiça e continuar. É tirar o esmalte vermelho e passar uns dias sem cor pra que as unhas deixe de ficar amarelas, para depois colocar um verde fluorescente com glitter e que brilha no escuro. É inventar a sua moda, é usar a minha moda. É vestir com um terninho básico de alegria quem perdeu e não está achando a graça de se divertir. Se deixar permitir é um passo pra descobrir o que é ser."