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Mostrando postagens de abril, 2012

O design complicado do eu te amo.

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Vez ou outra, vejo alguém reclamar que eu te amo não é bom dia. De fato, é um grande motivo pra reclamar. Desejar um bom dia para alguém é tido como sinal de educação. Tanto que hoje, como forma de preservar uma imagem educada e polida, que chega a brilhar, boas coisas são desejadas ao além, aleatoriamente, sem a força do bem circundar de energias positivas o dia de uma pessoa. É justo naqueles dias, que acordamos perdidos no mundo, dias que nenhuma roupa, nenhuma maquiagem esconde nossos machucados, que um bom dia chega para nos abraçar e nos fazer acreditar que dias bons estão todos dias prontos para serem aproveitados. Às vezes, o cansaço é tanto que não há disposição nem para seguir em frente e nessas horas ter alguém te dando um empurrão é bem vindo.  Ai vem o eu te amo...três palavras cheias de suspense. Sete letras contadas mais difíceis de pronunciar do que as vinte e seis do alfabeto. Dizer um primeiro eu te amo para alguém é quase como atuar para um platéia enorme pela

são elas que sempre ficam.

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As coisas que eu faço são feitas para os olhos de alguém ver. Será mesmo? Momentos chamados de inesquecíveis por alguns não dependem intimamente de alguém para se tornaram aconchegantes. Los hermanos, sábado. Praia, cheiro de praia, vento grudando sal na minha pele, pés cavando a areia por mania de ter sempre areia gelada entre os dedos. E vem a primeira música. Segundos para reconhecer a melodia, todo o show para lembrar cenas das quais tais músicas viraram trilha sonora.  Trilha sonora...engraçado falar disso como se nossa vida fosse uma novela e tivesse alguém segurando um controle esperando a hora de soltar a música. Dói perceber que isso não acontece. Dói não ter uma música bonitinha embalando os inúmeros primeiros beijos com os inúmeros primeiros amores. O tempo caminha e felizmente, talvez, para-se de esperar o play e depois, em casa, escuta-se uma música e com toda a consciência lembra-se de alguém e fica. Fica pra lembrar, pra ter saudade, pra dar sorrisos pensativos. F

no meu querer de agora

Se os meus 'eus' não estão gostando de mim As roupas mudarão Os cabelos mudarão As comidas mudarão As músicas, os filmes, os livros mudarão Mas os meus 'eus' não mudarão Ficarão apenas gostando Gostando apenas de mim Se meu lado sizudo amolecer Se meu olhar 'descegar' do provavél que vê Se minha fala se abrir pros ouvidos do mundo Se meu olfato se livrar do imundo Se meu coração perder o ritmo Se o descompasso descontínuo me atingir  Se eu fechar os olhos e me permitir Eu mudarei O eu de agora O eu de hoje O eu de amanhã O eu do nada Nada. -isabellecristhinne

esperança também morre.

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Sair falando por aí o que se quer não é a melhor coisa a se fazer quando realmente quer alguma coisa. E querer realmente alguma coisa é algo tão forte que é quase impossível controlar qualquer ação que faça com que essa coisa aconteça. E ficar calado, sentindo uma coisa que se quer muito tomar conta de toda parte do seu corpo, é tão difícil quanto perceber que não se pode ter o que realmente se quer. Têm coisas que infelizmente não sabem encontrar o caminho da volta. Ou pode-se dizer que têm coisas que não foram feitas para voltar. Ou, pode-se dizer também, de uma forma clara e trágica que têm coisas que nem chegam a chegar. É, não chegam e já que não chegam, não voltam. E a vontade de querer realmente algo ou aumenta ou se acaba logo de vez junto com qualquer esperança que tenha se criado ao ler sobre essas coisas perdidas. Nesse caso, nem adianta a esperança adiar a sua morte, já que não fará diferença morrer no começo ou no fim. -isabellecristhinne

tintas

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A casa está ótima. Ontem, pintei uma parede de azul só pra cobrir o branco gelo que me fazia pensar todos os dias o motivo de nossos dias serem tão opacos. Às vezes, só é preciso improvisar. Deixa que a vida se encarrega do resto. Ela sabe sim, acredita.   -isabellecristhinne

E o céu fica sendo o limite.

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O céu é o limite. E que assim seja. Passa-se partes da vida trançando caminhos que possuam algum ponto de chegada, mas não quero falar desses fins de caminhos que a rotina, a tradição e a sociedade nos impõem. Quero os sonhos. Quero os caminhos impalpáveis, alimento das nossas esperanças. Desde de quando éramos meninas, pulávamos dez casas amarelas regularmente organizadas até chegar ao céu, enfrentando pelo meio um inferno pintando de giz. Dez pulinhos frenéticos, cheios de energias, visando apenas a satisfação e alegria de chegar com os dois pés num pequeno céu de um metro de diâmetro. Um céu limitado que nos fazia se sentir donas de um mundo inteiro.  Dirigindo e fazendo meu caminho de praticamente todos os dias, me vi sendo a primeira fila quando o vermelho do semáforo apareceu. Olhei pra frente, melhor, olhei para o céu. As nuvens, naquela hora, não estavam desenhando. Talvez, estivessem de folga e descansando as canetas, assim como nós que trabalhamos com desenhos e imagen

Dragão particular

Dragão Fashion Brasil e eu uma principiante inserida nesse universo denso e ... da moda. Cheguei e antes de ver uma moda mais humana, a vi transcrita  nas paredes, nas esculturas, nos lustres, no carpete, nas colunas. O espaço físico fazia seu papel de envolver e criar um ambiente no qual o propósito é se deixar permitir. E assim aconteceu. Diante de pessoas com crachás de estilista, produtor, staff, modelo, imprensa, eu era uma observadora sem crachá. Afinal, observadores são anônimos.  Por ter chegado cedo, tive a chance de não sofrer o impacto de tanta informação visual reunida e de não lamentar os poucos olhos que tenho. Então, passava alguém. Não era preciso procurar muito para achar seu objeto particular. Era uma bolsa, um brinco, um cordão, os anéis, um sapato, uma bota, uma saia, um cinto, um penteado de cabelo. Isso acaba sendo e parecendo muito feminino. Mas os homens, esses ganharam as ditas estrelinhas dos meus olhares. Homens maquiados, de salto, com estampas, com couro, c

pode chegar, tem espaço.

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Chega o dia, que você diz pra si mesma: preciso comprar roupa. Será mesmo uma necessidade? Sabe-se que ao concluir isso, não se está dizendo que está completamente sem roupa. As roupas estão lá ocupando todos os espaços do armário, o cabide atrás da porta e o cesto de roupa. O que não falta é pano, mas ainda sim, o dia de sentar na cama e concluir que precisa-se comprar roupa chega e invade e nos faz sair de casa dispostas a voltar com que se está precisando. No entanto, necessidade é algo relativo e tem uma relação íntima com prioridades, que também é algo relativo, que faz com pessoas achem que não irão sobreviver ou não irão se sentir bem se não possuir tal peça de tal marca, ou tal peça de qualquer marca, ou qualquer coisa de alguma coisa. Enfim, são detalhes e detalhes pessoais.  E foi justamente andando por lojas atrás de alguma coisa que me agradasse, que pensei e observei com mais cuidado, até carinho posso dizer, o ato de comprar uma roupa para si. Vive-se em uma realidad

Minhas perguntas e eu

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Quando a gente se conheceu? Você insiste em falar que foi em uma noite qualquer. Eu insisto em só pensar que tem algo mais complicado do que isso. Como a gente se conhece? Você fica dizendo que foi por acaso. Eu sempre fico incomodada com esse tal de acaso que chega sem avisar e coloca pessoas na minha vida. Por que a gente se conhece? Você diz que já respondeu, que foi em algum lugar por acaso. Eu sempre quero respostas mais longas quando pergunto o 'por que' de algo. De onde a gente se conhece? Você fica pensativo, como se não lembrasse, mas acaba me contando que foi em um lugar cheio de gente. Eu sofro as consequências disso, questionando-me toda hora o motivo de você ter justo me encontrado já que tinha tantas pessoas. O que fez a gente se conhecer? Você diz que não sabe e já que eu estava ali, você disse oi. Eu fico inventando motivo pra isso ter acontecido, mas acabo tendo que acreditar em você e nessa sua simples resposta. Você parece ter a vida decorada no canto da
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  don't need go away. find another away. 

talvez

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Talvez eu seja grande e me cause muito problema. Talvez eu não saiba mais me cuidar. Talvez nem caiba mais em mim. É isso? Um pouco mais de deus, de mar e de sorte. Um pouco mais de força. Um par de braços pra me aconchegar. Talvez, valha a pena. Talvez, resolva.

o que levar pra casa?

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"Na verdade, não queria está levando nada. Só minha mãe e eu sabemos o quanto tenho agonia de arrumar mala. Não adianta, já passei da maioridade e continuo pensando na minha mãe toda vez que começo a dobrar ou jogar as coisas dentro das malas. Talvez deva ser algo que só vem com a maternidade, ou então um costume de casa, mas dobrar roupa ainda não é comigo. Vamos aos fatos e aos exemplos. Minha mãe nunca deixou   eu arrumar o meu guarda-roupa sozinha. Ponto final. Fim de assunto. Não preciso mais falar nada, num é, mãe? Quando ia sair e começava a provar o guarda roupa quase inteiro até decidir uma blusinha e uma calça que estava lá na cadeira da sala, ela sempre falava: Deixa tudo em cima da cama que depois eu arrumo! Por que estou reclamando? Não, eu não estou reclamando. Afinal, na pressa, sair e deixar seu quarto uma zona, ainda mais pelo fato de sua mãe ter pedido, é quase uma benção. Mas o problema não está aí. Quando estava no colégio e usava farda todo dia,