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Mostrando postagens de dezembro, 2009

o fim de alguns minutos

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Faltava alguns minuto O relógio e uns barulhos lá fora me confirmavam Senti-me aflita por algo desconhecido Algo estava para acabar e outra para começar Era apenas um dia Todos os dias, um dia acaba e outro começa Qual o motivo de tanta aflição? Começou Fogos coloridos bombardeavam meu coração Muitas cores, muitos tamanhos, muito brilho Uns iam alto, sumiam na profundidade escura do céu Uns só saltitavam, alegrando quem os via Beijos foram dados aos sons de explosões Braços se entrelaçaram na intimidade e na multidão Olhares se trocaram iluminados por luzes que imitavam as estrelas As estrelas? As estrelas tinham sumido naqueles minutos O sumiço das estrelas não me deixava aflita Algo se abria em mim aos poucos Abrindo espaço em um alma cheia de sentimentos Sentimentos amarrados, presos, contidos estavam me tomando inteira Gritar, mas quem me ouviria? Era muita festa, muitos fogos e muitos desejos Lágrimas acharam um caminho no meio de olhos cheios de luzes Lágrimas desceram num choro

Leonardo, os gibis e as etiquetas.

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Parte I Leonardo acordou quando a noite já estava chegando. Da janela do seu quarto viu as últimas pinceladas amarelas no céu e decidiu se levantar daquela cama. Segunda era o único dia da semana que Leo podia fazer o que quiser, desde acordar tarde a não sair do quarto. Na semana, Leonardo tinha que ir ajudar o seu Pai a vender pipoca, sucos, algodão doce e chocolate quente, na praça e na calçada do cinema. Ele e o Pai acordavam cedo e saiam para comprar o que iriam precisar. Iam andando até a Rua das Vendas. Era uma caminho longo, mas iam conversando e seu pai sempre contava algumas histórias. Na volta para casa, com algumas sacolas nas mãos, seu pai contava o final das histórias. Leo gostava tanto das invenções de seu pai que nem sentia o peso das compras. A Mãe preparava o chocolate e os sucos; Leo ficava colocando pedaços de algodão doce em saquinhos e o Pai limpava o carrinho, as garrafas e a panela das pipocas. Mas era segunda e Leo não queria saber de algodão doce. Ele sentia

Uma xícara de chá, Chapeleiros?

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Olá, Chapéu A ausência foi inevitável. Não, eu não estava incrivelmente ocupada. Não queria escrever. É isso, desculpe-me te dizer tal coisa, mas você sempre entende. Li. Li a Luneta Mágica, Pai, posso dar um soco nele? e estou lendo sobre Maquiavel. Depois, se quiser, Chapéu, te conto. Chapeleiros, espero que esses dias de festas e cordias cumprimentos tenham sido bons,ou ao menos, confortáveis, suportáveis, aturáveis, enfim, que tenham se adequado aos seus desejos. Natal é natal e não me convém ficar falando sobre. Cada família tem seus costumes e jeitos de juntar todos em um lugar por algumas horas. Nesse mundo apressado e louco de hoje, as pessoas já chegam falando na hora de ir embora. Ah, um pouco mais de sosssego, por favor! O natal como o feriado finalista do ano causa nas pessoas uma vontade de mudar. Mas, vamos ser sinceros, só a vontade. Uma vez, não lembro quando, fiz uma lista de objetivos para o ano quer iria chegar. É incrível como depois de terminar a listinha, um senti

Dom Quixote

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Não vim aqui por uns tempos. Estava no palco! :)

guerra dos olhos

Diário de Manoela, 25 de março de 1992. . É fácil perceber quando um homem está observando uma mulher. E mais fácil ainda quando você é a mulher. Servi-me sem pressa, como o de costume, mas, principalmente, para ver aonde aquilo ia parar. Quando um par de olhos - um bonito par de olhos, vale ressaltar - está caído sobre você, é como se um peso dificultasse qualquer movimento para fora do campo de visão. Ontem, paguei a conta e fui andando até a mesa no final do restaurante. Até lá, percorri um caminho de probabilidade . A chance de nossos olhares interesseiros se encontrem era máxima. Ele tentou me sugar feita uma onda quando a maré está cheia. Sabe como é? Na ida, te dá uma chance de escapar correndo pela areia, na volta te puxa sem pena e te leva pra qualquer longe da sua chance de escapar. Ele tentou me prender, mas não conseguiu. Sentei de costas para as entradas e não vi mais nada. Melhor, iludidamente pensei que nunca mais o encontraria. Hoje, cheguei mais tarde do que ontem. L

frutas, sabonetes e depilação

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. . Estava no supermercado comprando coisas para o final o semana. Sempre começo pelas frutas, cereais e coisas ditas saudáveis. Passo pelos chocolates, bolachas e e coisas que dizem que engordam, fazem mal, entopem as veias - tenho dezoito e estou vivinha . Mas tem uma coisa nos supermercados que me prendem mais do que peixe e chocolate. Não que eu goste incrivelmente de peixe. Gosto mesmo é de ir ver os peixes crus. Eu sei que eles estão mortos, coitados, mas é legal ver as escamas, os olhos ainda brilhando. Na verdade, uma aula pessoal de anatomia. Mas, Peixinhos, saibam que prefiro o cheiro de vocês vivos! Saindo da minha declaração de amor aos peixes. Em relação aos chocolates, é raro não ter nem que seja uma barrinha de milímetros no carrinho. Isso é herança do meu pai. O ser humano é alucinado saudavelmente por chocolate e passou isso pra mim! Durante o período de vida do chocolate lá em casa, sou acusada de devoradora incontrolável de coisas doces. Tá bom. Saindo da minha c