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Mostrando postagens de agosto, 2009

janelas

A vida é como uma casinha cheia de janelas. Uma casinha muito grande com muitas janelas de todos os tamanhos e cores. A gente nasce e a primeira janela se abre. Ela é pequena e tem cor de mãe e pai. A gente aprende a andar e mais uma janela se abre. Essa é grande e quase que encosta no chão. Assim, se o bebê inventar de andar em cima, a queda é menor. A gente aprende a falar e uma janela enorme se abre. Essa janela tem vista para o mundo e, todo dia, vai-se até lá, e vê algo que nunca foi visto. E assim crescemos, vendo coisas novas a cada dia e dando nome a elas. Os anos vão passando e as janelas vão ganhando vida. Quando o primeiro dente de leite cai, uma janelinha aparece e fica aberta até a chegada do outro dente. Tem a janela da alegria que faz de tudo para ficar sempre aberta. Tem a janela do amor que é tímida e prefere ter uma cortina a protegendo. Essa cortina é feita de olhares, palavras, de beijos e de abraços. Tem a janela do sono que se fecha por cinco minutinhos sempre qua

século passado

Ainda é possível se encantar com o centro da minha cidade. A história ainda está nela e não só nos livros. Nas suas ruas, nas suas luas e nas suas esquinas. Ontem, depois de muito perguntar, peguei um ônibus que ia parar quase em frente ao meu destino. Quando entrei, estava tão lotado, que, por minutos, tive a impressão de levitar. Bem, isso durou, realmente, apenas alguns míseros segundos, mas nada melhor que uma metáfora para intrigar os leitores de uma composição. Voltemos ao ônibus. Com o passar dos quarteirões, a solução humana foi se evaporando, até restar apenas aqueles que encontraram um lugar para sentar. O corredor ficou livre, o vento circulou e a gotas de suor acumuladas no corpo sumiram como boas almas. O ônibus dobrou a direita e foi-se logo percorrendo a extensão da rua da entrada lateral do Theatro. As antigas grades de ferro fundido estavam deslocadas entre tantas portas de comércios enferrujadas. Muitos que estavam lá dentro nem repararam no prédio, com arquitetura e

É dançando.

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Se eu vou chegar lá De alguma forma Então que seja dançando Se algum tom de azul vai me iluminar Que não seja o do céu Que não seja o do mar Que seja a luz do palco de algum palco a brilhar

sutilmente

É quase permanente em mim a vontade de traduzir em palavras o que vejo com o pensamento. Imagino. Imagino sempre. Quando a casa enfim dorme, percorro o corredor cheio de portas, ouvindo apenas e sutilmente a respiração constante dos meus familiares. Passo e chego na varanda. O vento da madrugada assanha meus cabelos ainda molhados do banho da noite, gruda meus pijamas desajeitados em meu corpo cheio de frio e tenta, com insistência, penetrar na minha pele, envolver os meu músculos e me levar daquele lugar. São poucos andares ( já foram mais) acima das ruas da cidade. Da varanda, vejo uma cidade se transformar em um pontilhado de luzes. É apaixonante ver um lugar indo dormir e um lugar acordando. Poucas coisas são tão bonitas quanto o momento que antecede o nascer do sol. Uma luz discreta surge no leste; o vento ainda é frio; o silêncio vai, aos poucos, deixando o reinado; os pássaros conversam em assobios e as luzes, como num dómino em câmera lenta, vão se apagando, se apagando, até se

Na beira da piscina, eu refleti

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Reflexões tidas a beira da piscina, com apenas os pés mergulhados na água gelada, com os cabelos soltos voando na tentativa de achar a melhor maneira de brilhar ao sol e atrapalhar minha leitura, com o corpo quente do sol da tarde que tentava lentamente e sem sucesso entrar em mim devido ao protetor solar fator 30. Enfim, deixe me esclarecer o que pensei. São coisas óbvias. Tão óbvias que quando pensei deveras nelas, interroguei-me: como não sabia disso? Saber, eu sabia. Assim como sei que as unhas dos humanos, só servem para acumular micróbios e coisas do tipo, dar lucros a empresas de esmaltes, tesouras, alicates e coisas do tipo também, dar unhadas no irmão em momentos de raiva e dar unhadas também em 'alguém' em momentos de carinhos menos delicados. Me entende? Ah, claro. Os olhos brilham mais quando se chora. E brilham de uma forma infinitamente mais bela, por mais triste que seja o motivo das lágrimas. O lugar no rosto por onde as lágrimas percorrem ficam marcados pelo su

desculpas!

No post passado errei o nome do Machado de Assis. E o pior! Fiz uma brincadeira horrível inventando um apelido que de tão comum e dependendo do tom de voz é engraçado. Disse que era: José Maria Machado de Assis Mas é: JOAQUIM Maria Machado de Assis Desculpada? :) Marcos! Obrigada mais uma vez por ver o que não vejo! um beijo bem torto pra ti. beijo torto!