disfarces
Coloco a minha fantasia e apareço na janela. Num disfarce, a gente destrava o botão da vergonha e esquece. Os olhares alheios se desviam e me fazem deixar pra depois o que tem de ser feito. A vida fica arrumando desvios, caminhos improvisados, rotas alternativas para nos desafogar desse trânsito de confusões que a gente insiste em manter. Mesmo quando tudo insiste em sair dos trilhos, há sempre um jeito de apertar o freio, dar um banho de óleo e continuar.
Riso escondido, suor escorrendo atrás da máscara e uma imagem tão ridícula quanto engraçada no espelho. Riso solto, fim de festa e eu me fazendo presente, sem disfarces e sem reflexos, aos olhos de quem quiser ver.
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