não cabe todo mundo no sofá, entendeu?

O sofá é a primeira impressão de uma casa.
Se na sua casa, o sofá não está no cômodo que segue a porta de entrada, pode continuar lendo, porque não vai fazer nenhuma diferença.

Parei pra observar o sofá da minha casa. Ele causa reações diferentes nas pessoas que moram aqui. No início, ele era bonito e desconfortável. Esquentava, deixava o corpo suado e tudo começava a pregar. Dormir nele era algo incrivelmente recusável - só em casos extremos. Hoje, após uma reforma e um pano macio, ele é confortável, lindo e confortável mais uma vez. Poderia ser maior, mas, aí, seria uma cama.

São quatro pessoas e um sofá com três lugares. Algo tenso. Nunca, os quatros estão sentados no sofá. Na maioria das vezes, a distribuição ocorre da seguinte maneira:
-dois sentados, um no chão e um sentado na cadeira
-um deitado, um no chão e os outros dois bem longe da sala
-um deitado e os outros três bem longe da sala
-um sentado, o outro encostado no braço e um na cadeira
-estourando, três sentados e um no chão
-nenhum no sofá e quatro distribuídos pela sala

Não quero falar de como as pessoas daqui usam o sofá e sim de como elas reagem em relação ao sofá. Minha mãe quando passa pelo sofá, antes de qualquer coisa, ela ajeita o pano. Pega o pano, joga pra cima, e deixa cair levemente pelo estofado conservado limpo, não só graças aos panos, até hoje. Nossa educação diante ao trono real da casa conta para a sua preservação. Meu pai, ao ver o sofá, corre, não literalmente, e senta confortavelmente, coloca os pés no banquinho que tem na frente e lá fica, fica, fica e acaba dormindo. Às vezes, ele deita, mas sua estrutura óssea é maior do que a do sofá. Meu irmão...? Bem, meu irmão só usa o sofá quando não tem ninguém usando, melhor, ninguém por perto. Ele até senta quando tem outras pessoas, mas dura pouco tempo. Então, fica a critério considerar ou não.
Agora é minha vez. Eu amo aquele sofá. Nossa, é algo de coração mesmo. Não gosto de dividi-lo com alguém. Às vezes, quase sempre, ocorre guerra de pernas. A guerra é assim: mais de uma pessoa senta e mais de duas pernas tentam ocupar o banquinho que fica na frente do sofá. Apertando dá umas seis pernas, mas é incrivelmente desconfortável. Dá pra sentir as células da perna do meu pai conversando com as minhas células.
-Oi, eu sou a célula-pai.
Não! A favor do sofá particular. É legal dividir quando está passando algo legal na tv. Algo rápido, porque se demorar, as pessoas começam a se acomodar e isso é uma tragédia. No começo, o amor, a amizade predominam.
-Não, dá um jeito. Cabe todo mundo.
Não cabe todo mundo! Não cabe, não cabe! Repito para entender? Não cabe, todo mundo!

Bem, cada um com o seu sofá.
Como isso nem sempre é possível, cada um com a sua cama, ou sua rede, ou sua cadeira, seu chão, seu travesseiro, seu lençol, sua almofada, o que for. Que seja seu e confortável e que dê para esticar as pernas, deitar, virar, abrir os braços ... Enfim, creio que você entendeu.

Comentários

Anônimo disse…
Adoooro o sofá!
Dormir nele, deitar, sentar, ficar de bobeira...

Só que quando todos de casa decidem ficar na sala, acabo optando em ficar com a poltrona. Mais que o sofá eu amo a poltrona!
E não dá guerra não... Somos quatro pessoas pra dois sofás, um de dois e outro de três lugares!
Em casa todo mundo fica feliz!

Beijão!
"z" disse…
aqui em casa é a rede, haha. quando um se levanta o outro sai correndo para tomar o lugar.

disputa entre pai e filha, haha. bjs.
Caio Timbó disse…
Aqui em casa não tem sofá, nem cadeira, nem poltrona. Só tem uma rede e um colchão inflável que todo mundo usa como sofá, cadeira, poltrona. Os que não cabem na rede nem no colchão se espalha pelo chão duro.

Bjo!
Ferdi disse…
Sim, entendido, anotado, nada de divisões de sofá com você!

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