da porta
Eu queria me encostar na porta e te dizer boa noite.
Te olhar de longe, a deitar sobre teus lençóis velhos.
Observar o teu travesseiro fino para não doer o pescoço e o outro entre as pernas.
Mania velha.
Não precisava me aproximar tanto de ti.
Seria muita audácia minha.
Da porta, eu te desejaria boa noite.
Te desejaria bons sonhos.
Te desejaria um sono leve.
Encarar os teus olhos pedintes.
Pedintes de coisas que eu acho que sei.
Apenas, acho.
Por isso, ficaria a te fitar encostada na porta com meu lençol envolta do pescoço.
Antes, meus 'boa noite' eram gritados.
Ditos lá de longe.
Hoje, eu quis dizer baixinho.
Baixinho para não perturbar o teu sono.
Baixinho como um sussurro de sonho inacabado.
Da porta, iria ver você se enrolando entre panos.
Desligaria a tv e no escuro ainda ia continuar a te olhar.
Me aproximaria da cama.
Você nada via, já tinha os olhos fechados e cobertos.
Me aproximaria mais.
E puxaria o lençol para baixo.
Só um pouquinho, quase nada.
Seus pés estavam descobertos.
Sempre soube do frio que sente nos pés.
Iria embora.
Mas, antes, pararia na porta mais uma vez.
Para dizer, boa noite para a tua alma.
Sonhes comigo, talvez.
Te olhar de longe, a deitar sobre teus lençóis velhos.
Observar o teu travesseiro fino para não doer o pescoço e o outro entre as pernas.
Mania velha.
Não precisava me aproximar tanto de ti.
Seria muita audácia minha.
Da porta, eu te desejaria boa noite.
Te desejaria bons sonhos.
Te desejaria um sono leve.
Encarar os teus olhos pedintes.
Pedintes de coisas que eu acho que sei.
Apenas, acho.
Por isso, ficaria a te fitar encostada na porta com meu lençol envolta do pescoço.
Antes, meus 'boa noite' eram gritados.
Ditos lá de longe.
Hoje, eu quis dizer baixinho.
Baixinho para não perturbar o teu sono.
Baixinho como um sussurro de sonho inacabado.
Da porta, iria ver você se enrolando entre panos.
Desligaria a tv e no escuro ainda ia continuar a te olhar.
Me aproximaria da cama.
Você nada via, já tinha os olhos fechados e cobertos.
Me aproximaria mais.
E puxaria o lençol para baixo.
Só um pouquinho, quase nada.
Seus pés estavam descobertos.
Sempre soube do frio que sente nos pés.
Iria embora.
Mas, antes, pararia na porta mais uma vez.
Para dizer, boa noite para a tua alma.
Sonhes comigo, talvez.
Comentários
isso tudo me remeteu a lembrar de "Atras da porta"
e pensei...
qdo olhaste bem nos olhos teus e o teu(dele) olhar era de adeus(...)
sobre o teu (dele) e duvidei(...)
as vezes me parece que estamos a espreita,sempre nos despedindo.
e é tão...
triste
Denise
lindo, super mesmo!
Lindo texto. =)