Há coisas que só prestam quando estão velhas.
Se você já tiver usado algumas na vida, irá me entender; caso o contrário, me achará uma exagerada.
Sapatilhas. Sapatilhas de ponta para ser mais específica. Sapatilha de ponta - aquelas usadas por bailarinas para ficar nas pontinhas do dedos - é algo intrigante; mais complicado do que simplesmente comprar um número maior do que o seu pé, costurar as fitas e usar.
Compra-se a bendita. Ao colocá-las nos pés, elas deixam de ser simples sapatilhas e começam a sofrer o processo de conciliação e adaptação aos nossos sofridos pés. Nas iniciantes, elas não sentem pena alguma; maltratam, algumas vezes, até o choro, já que o ato de tirá-las significa deixar-se abalar por dores que, alguma hora, se tornarão rotineiras e quase indolores. Lógico que, esse tempo, por mais que tenha previsão de chegar, demora e cada ensaio com elas e uma tortura para os calos. Com isso, nós, as bailarinas, somos acostumadas a andar com uma bolsinha com sanativo e coisinhas para fazer um curativo.
Quando os pés já estão acostumados, calejados, com cicatrizes de antigos machucados, os cuidados diminuem. E nossa preocupação passar a ser outra: a de achar o modelo de sapatilha certo para cada pé! Pés fortes precisam de sapatilhas com solado reforçado; pés sem peito (bailarinas entendem o que eu falo) precisam de sapatilhas com um solado mais maleável; pés largos precisam de sapatilhas maiores; pés magros de sapatilhas mais estreitas; pés pouco alongados precisam de sapatilhas apropriados e que já são feitas com um molde apropriado.
Não se pode esquecer da sorte, ela é muito importante. Sorte para achar uma sapatilha que se adapte logo ao pé, que não insista em arrancar pedaços de sua pele (já sofri e chorei muito com calos).

Como isso dá trabalho. Por isso, nada melhor do que as sapatilhas velhas...

Comentários

Babi disse…
veeerdade, viu? qnd chega a hora de comprar outra dá um apeerto no coração :S e sorte tive eu, que já achei meu tipo certo de sapatilha :*
Anônimo disse…
nada melhor do que as sapatilhas velhas... (2)

ô coisinha chata é costurar sapatilha, falar trezentas vezes pra avó onde é que coloca a fita e o elástico, dá nos nervos! e eu sofri tanto com a sapatilha errada, pense! giselle cretina! uheuehuhe
Babi disse…
muuito cretina! a ceci que é gente boa ;~)
Unknown disse…
nao gostoo de nenhuma dessas!
a minha é a partner para todo o sempre. =~D
Lia disse…
e eu que ainda nem encontrei uma sapatilha certa! eu tenho o peito do pé muito grande, ai fica avançando pra frente, é muito desconfortável! =~
Avilla Filho disse…
É, de fato, livros bons, muitas vezes, são caros e acha-los na internet é mais economicamente viável. Porém, eu ODEIO ler livros na internet, primeiro pela posição que ficamos ao le-los, segundo porque NADA melhor do que sentir os livros na suas mãos, passar as páginas e todo o ritual sagrado que eu tenho ao ler meus amados livros. Atualmente venho lendo um livro sobre investimentos do Halfeld e o Livro Negro do Comunismo( com quase mil páginas.)
Faixas de Jiu-Jitsu são um bom exemplo, depois de mais velhas, fica uma maravilha! E kimonos ganham rasgões, costuras e marcas próprias que eu acho o charme do bom lutador. O meu tinha três rasgões na calça( logo na parte do pé) um na virilha, e um na parte do kimono de cima que começava do ombro e ia quase até o peito, todos costurados com linha grossa. Além dos patchs surrados da academia e do meu apelito no jiu-jitsu "garrafinha", pelo fato deu ser um tanto cego, na parte de trás.

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