folhetim - 1ª parte

St. Jouet Pies. Ela não tinha a mínima noção de onde ficava aquilo. Ao menos, sabia se aquele vilarejo, tão vivo na sua infância, ainda existia. De tão pequeno que era, de tão sem importância, estava listado em um dos muitos mapas que havia comprado tentando encontrá-lo. Pouco se importava onde passaria aqueles dias. Quando decidiu viajar, a única certeza que havia era a passagem de ida para o país onde ficava a pequena cidade onde seus avós maternos se conheceram quando era mais jovens. Desde pequena, dormia escutando longas histórias que sua avó contava. Tantas eram as histórias que todas aqueles clássicos já tinham sido contados, recontados, interpretados, reformulados, muitos já tinham recebido um final menos trágico. As bruxas quebravam o pé e o só ficariam boas se prometessem ser menos ruins, os vestidos da princesas eram menos pesados e mais brilhosos, os príncipes feios eram beijados e se transformavam em lindos sapos. Um dia, ela pediu para a sua avó contar como tinha conhecido o seu avô. Hesitou, começou a contar algo, mas, Maria logo percebeu e disse: eu quero a verdade vovó!. Então, prometeu a Maria contar tudo detalhadamente, sem esquecer de nada. Maria, ansiosa:
-Amanhã, contarei para a mamãe como ela nasceu!
-Calma, Maria, o fim desta história ainda está muito, mas muito longe.
E assim, passaram-se anos. Contou que no seu tempo, as moças eram tímidas, mal falavam, mas ela, sua avó, era diferente. Tinha vontade de conhecer o mundo, esbanjar charme andando com longos vestidos de cetim. Disse-lhe dos anos que passou estudando Artes Plásticas na Universidade, que ficava em outro país.
-Vovó, onde está o meu avô?
-Você e muito apressada. Tenha calma, já estou perto de conhece-lo.
Foi em uma das viagens que fez, indo para o interior daquele país tão pouco explorado, onde morava uma tia há tempos não vista, em busca de novas paisagens para o seus quadros, em uma pequena comunidade rodeada por grandes montanhas, com acesso somente por uma trilha cheia de pedras, que encontrou um homem, que não lhe chamou atenção logo de início, mas foi muito gentil e lhe acompanhou pelos seus passeios no fim da tarde. Esse homem era o avô de Maria. E a pequena vila ficava em St. Jouet Pies.
.
.
continua.

Comentários

Wendell Saraiva disse…
É de sua autoria essa estória? Eu juro como já ouvi algo parecidissímo, principalmente o começo. Oo'

Te amo muito minha Beel! ;*
Wendell Saraiva disse…
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse…
Olá moça... vim conhecer seu blog e gostei das suas idéias... o nome e o layout do seu blog é muito legal...
vou ler mais posts com calma e voltarei mais vezes.

bjs
bozo. disse…
gosteei. ;D
olha um texto teu com titulo, isso é raro. =x
ansioso pela continuação.

beeeijo maluca,
Avilla Filho disse…
Nossa! Você escreve bem, você consegue, sem descrições longas e cansativas, fazer com que o leitor não só mergulhe na obra como possa ver exatamente aquilo que tu pensas enquanto escreve, quanto a história, parece ser bastante intigrante, e acredito que a vila deva ficar pela frança, pelo nome, ao menos. A vó dela na idade média podia ser acusado de tá com o cão nos couros, mulheres mais falantes que os homens se apaixonavam com maior facilidade eram acusadas =\

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