É bom sair na rua no fim da tarde, quando o sol cansa de esquentar nossas cabeças e se esconde. Basta ter um pouco de atenção para notar os comportamentos de quem é capaz de se movimentar sem carro. Tem aqueles que passam a avenida andando, que dá um sorriso pra um conhecido, que até cantarola. Tem aqueles que andam apressados sem ter pressa, olhando para trás a cada barulho estranho, tentando deixar passar quem insiste andar atrás sem saber que está incomodando o da frente. Tem aqueles que estão voltando do trabalho; conhece-se pela expressão cansada, a roupa amassada... Tem aqueles que estão indo trabalhar; estes, conhece-se pelo cabelo molhado, o passo apressado e carreira dada quando o ônibus tal se aproxima. Tem aqueles que estão indo comprar pão, escontram um amigo na rua, começam a conversar e acabam...acabam esquecendo o que ia fazer, não me lembro agora. Tem aqueles senhores simpáticos de chapéu que vão andar e tomar sol para evitar reumatismo. Tem aqueles, os não preventivos, que andam na rua por costume, que vão na padaria conversar com o padeiro, porque não gosta de ver o pôr do sol pela televisão, nem de conversar com telefone, nem de fazer caminhada no corredor de casa. Mas, melhor do andar sem compromisso e pensar em encontrar alguém e encontrar este alguém. Entendeu? É imaginar que aquele seu amigo está passando por você e depois de um quarteirão ele passa ao seu lado e o deixa suspreso com a sua capacidade mental de pensar em coisas que irão acontecer um quarteirão depois. Depois dessa, vai começar imaginar mais coisas...depois aparece.
Assumir e escrever só pra ter uma prova de tais confissões. Como uma vitrine, muitas vezes, só exponho uma parte, uma promoção, uma novidade entre tanta coisa que tem aqui dentro. Não leio jornais todos os dias, não assisto noticiários com tanta atenção e sem me perguntarem o que está acontecendo agora, meu bem, sinto muito por não sentir nenhuma angústia em nada saber responder. Demoro para processar certas informações e, às vezes, do nada, tentando dirigir no meio de engarrafamento qualquer, entendo algo que alguém me disse dias atrás e, em segundos, um trilhão de conexões mentais são feitas e as coisas ganham um novo sentido. Falo rápido, ando rápido, esqueço rápido, volto pra casa de manhã depois de uma noite em pé num salto e digo que ainda aguento mais. Aguento nada, tiro o salto antes mesmo de entrar no elevador e o jogo no pé da porta antes mesmo de entrar em casa, e dizendo, como quem bebe demais e acorda sem lembrar de nada: nunca mais uso isso. Infinitas vezes, and
Comentários
identifiquei-me com o do "comprar pão" uauhsdufhsa