arruma as malas! já é sexta-feira!



Se o dono do colégio me desse a permissão de fazer uma mudança nos eventos escolares, com certeza colocaria em prática a idéia que tive esses dias. A idéia é a seguinte: após o término do ensino médio, o aluno terá direito a ir a mais 3 acampamentos! Temos que passar nosso conhecimento para as gerações futuras. Acampamento é para se chegar correndo, com a voz boa, limpo, com a mala arrumada, com o celular desligado e ir embora cansado, com sono, com as unhas sujas, com quase todas as roupas limpas, porque trocar de roupa é chato, com a mala desarrumada, com o email da galera nova, com a promessa de que toda a turma vai se encontrar depois, mesmo sabendo que isso não acontece, com vinte arranhões no corpo, uma unha arrancada, o pé ferido, as costas vermelha de tanto sol e muitas fotos sem noção para você matar a saudade depois e colocar onde você quiser e mesmo depois de tudo isso não temos vontade de ir embora.
A libertação começa na sexta-feira de manhã. Prestar atenção na aula professor? Não, hoje tem acampamento. Chega-se no colégio com uma mala, um travesseiro e uma sacola cheia de porcaria. Procura-se a lista do viajantes e ao achar vai atrás do ônibus no qual te colocaram dentro. No nosso caso, ano passado, só teve um. Hora de ir. É só entrar no ônibus que a gritaria e a nostalgia começa. Chega a Angélica, a Xuxa, o Balão Mágico, uns bregas que todo mundo fala mal, mas aposto contigo como todo mundo sabe a letra. Ai recebemos a notícia que íamos pegar mais gente na outra sede do colégio, porque nosso ônibus só tinha gente do final até o meio. As primeiras cadeiras nem mala tinham. De início, eles pareciam estranhos mas no último dia, pelo menos por mim, a impressão mudou. Primeira noite, sanduiche liberado. Não posso mentir que sonhava com uma guerra de comida, mas isso só ficou na imaginação, claro. O problema é a fila enorme, a fome, nessa hora, é realmente grande. Depois de se alimentar com comidas nada saudáveis, da brincadeira social, da angústia de não poder ter assistido o último capítulo da nova Páginas da Vida (não foi por falta de televisão, foi porque não deixaram mesmo) chega a esperado banho de piscina às onze horas da noite. É excelente não ter ninguém gritando - vai ficar resfriado! vai morrer congelado - , resumindo, desejando o mal à nossa saúde. Meia noite hora de ir para o alojamento. Meninas aqui, meninos lá. Eram dozes meninas e uma monitora para cada quarto. Dormir é uma coisa que somos obrigadas a fazer, mas antes de isso acontecer, tem a merenda da noite e compartilhamento de guloseimas. Antes de nos aquetar de verdade, a monitora briga umas três vezes, pede silêncio e diz que está tarde. Lógico que já era tarde!Pegando os dormitórios que acobertavam festas, com direito a som alto e trinta pessoas dentro de um quarto, a nossa bagunça era besteira. Lembro como se fosse hoje, as minhas amadas amigas indicando a cama que eu iria dormir. Era do lado da janela, durante a noite era sensacional. O problema era que eu acordava com o sol na cara! Se eu acordava assim, todas acordavam de algum jeito, ou puxava o confortável lençol das queridas ou jogava toalha molhada, ou soltava o grito! Café da manhã, piscina, bola, gincana que entre as brincadeiras tem a de pegar manga na lama com a boca (ao ler isso você vai achar nojento e é capaz de dizer que nunca faria isso, mas se você estivesse lá dúvido que permaneceria com essa concepção), brincadeira noturna. Rapaz, nessa hora, tem muita corajosa que chora. Mas, depois de saber que os monstros eram os monitores lindos, queríamos era que os monstro viessem em nossa direção, no entanto, eles não vinham! Essa é a hora de cair, de perder brinco, chinelo, de perder a voz. Antes que eu esqueça de avisar, beijar, olhar, pegar na mão é sinônimo de morte (brincadeira! não é tão exagerado assim, mas é porque não pode). E não venha pensar que a galera desobedecia. Ninguém era louco de levar carão por causa de alguém. O quarto, depois de um dia, ficava com um cheiro de roupa molhada incrível! Tem uma lenda lá que assusta a todos. Colocar roupa no varal é a mesma coisa de nunca mais ver a coitada. O domingo chega e o momento 'a diversão vai acabar e amanhã tem aula' começa a tomar de conta dos nossos corações. Chega a hora de bater foto de todo jeito, com todo mundo, em qualquer lugar. Tu está tão doido que é a capaz de pular na piscina de tênis só pra bater uma foto. Mas isso não aconteceu. Na hora de arrumar a mala, o desespero começa. O mala não fecha e tu percebe que se não arrumar, ela vai continuar aberta. Sem problemas, arruma as roupas que estão em cima e resolvido o problema. Hora de ir embora. O cansaço chega. É feita a chamada para entrar no recinto do sono, o ônibus e rumo ao caminho de casa.

Comentários

Motivo disse…
Me lembra coisas boas. Saudade de tudo isso.
bjo bel!

ah, é a Aline!
Anônimo disse…
Ô DIAS MARAVILHOSOS são esses de acamp7 viu? não tem explicação, é uma sensação muito boa :~}}}
Eiii...eu quero ir tb,posso voltar para o meu tempo de colégio!?:´p~
Putz...Sem dúvida alguma a melhor época da vida é no colégio, agente reclama, diz que não quer ir mais, ameaça mãe e pai...Mas as amizades feitas no colégio ai ai ai,são perfeitaaasss!!!
E esses passeios com a galerinha ficam na memória eternamente, tiro por mim,que ainda lembro do meu primeiro passeio ao museu da cachaça,ao dragão do mar....saudadessss!



Eii sim,quase escreveu um livro hj né?!poste grandinho... mas está lindo tb ehehehe!
Xerunda!Te adoro e vc sabe muito bem disso....
Babi disse…
nao foi pag da vida nao, era paraiso tropical. eu tava trocando de roupa no buffet assistindo quem matou a tais! aouaisuheiuea, tu falando assim da ate vontade de ir pra um desses =)
Tainá Studart disse…
A bel tem cara que não perde um acampamento . também em bel ? são tantas amizades , tantos momentos . acampamentos , são mais que acampamentos . ah , sou eu .. a tainá !

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