Às vezes, solto uma risada tão alta que até assusta quem está próximo. Não sei prever quando isso vai acontecer. Simplesmente, acontece. Ultimamente, estou assim. Sem tensão alguma. Não tem hora para rir, nem para chorar. Dá vontade de rir, eu rio. Dá vontade de chorar, eu choro. Dá vontade de andar, eu vou andar. Mínimas coisas me dão de presente intensas alegrias. Falo de coisas mesmo. Ruas, prédios, o tempo que muda de repente, pessoas falando uma língua que não entendo, falar português na rua sem se preocupar com quem está ouvindo, andar sem pressa, aproveitar uma noite de sol. Uma noite de sol. Um batalhão de pessoas pode fazer muito bem. A presença de uma pessoa poderia fazer um bem maior ainda. Ficar comigo mesmo também tem me deixado bem. Apenas ir e continuar indo e indo e indo e indo. Não acredito que nossas vidas possuam obstáculos. Prefiro acreditar que existem caminhos que segui e não deram certo, caminhos que segui e que continuo seguindo e aqueles que seguirei para ver o que vai ser. É isso.
Assumir e escrever só pra ter uma prova de tais confissões. Como uma vitrine, muitas vezes, só exponho uma parte, uma promoção, uma novidade entre tanta coisa que tem aqui dentro. Não leio jornais todos os dias, não assisto noticiários com tanta atenção e sem me perguntarem o que está acontecendo agora, meu bem, sinto muito por não sentir nenhuma angústia em nada saber responder. Demoro para processar certas informações e, às vezes, do nada, tentando dirigir no meio de engarrafamento qualquer, entendo algo que alguém me disse dias atrás e, em segundos, um trilhão de conexões mentais são feitas e as coisas ganham um novo sentido. Falo rápido, ando rápido, esqueço rápido, volto pra casa de manhã depois de uma noite em pé num salto e digo que ainda aguento mais. Aguento nada, tiro o salto antes mesmo de entrar no elevador e o jogo no pé da porta antes mesmo de entrar em casa, e dizendo, como quem bebe demais e acorda sem lembrar de nada: nunca mais uso isso. Infinitas vezes, and
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